O melhor Rafting que já fizemos na vida: muita adrenalina dentro do oitavo cânion maior do mundo.

Hoje é dia de compartilhar sobre aventura. E olha, é aventura da boa! Cheia de adrenalina, belezas naturais e boas amizades. Vamos compartilhar com você a nossa experiência no Rafting em Jaguariaíva. O que para nós foi o melhor rafting que fizemos na vida. E para saber tudo, continue lendo este texto.

Onde fica Jaguariaíva?

Jaguariaíva fica na região dos Campos Gerais e é bem pertinho de Sengés e Itararé, que nós conhecemos no meio do ano passado. A região é lindíssima! Cheia de atrativos naturais como cachoeiras e cânions. Fica a aproximadamente 280 km de Londrina e 230 km de Curitiba.

O que fazer em Jaguariaíva?

Jaguariaíva conta com diversos atrativos naturais. Tem parques em que é possível fazer trilhas, pique-nique e contemplar a natureza. E tem também muita aventura. Para mim, ficou bem claro que no quesito aventura a cidade está muito bem preparada. 

Rafting no Rio Jaguariaíva

Só pra ficar claro, caso algum leitor aqui do blog não saiba o que é Rafting: é uma atividade radical, onde você basicamente entra em um bote inflável com mais alguns amigos (ou não) e no mínimo um instrutor, para navegar em um rio com correntezas. Neste bote, você precisa remar juntamente com seus coleguinhas e obedecer tudo o que o instrutor pedir.

Assista ao vídeo dessa aventura:

De cara já quero dizer que se você curte fazer atividades de aventura, vale muito a pena ir pra Jaguariaíva! Se você for apenas para fazer o rafting, já vai voltar para casa super satisfeito. Digo isso, porque se em nossa primeira ida não tivesse dado tempo de ir em mais nenhum outro lugar, teria me sentindo assim: satisfeita e realizada 🙂 .

Foi uma experiência incrível! Considero que esse foi o melhor rafting que já fizemos na vida. 

Claro que não somos os mais experientes do mundo em rafting….rsrs…mas, esse foi o quarto percurso em que praticamos essa atividade, então dá pra comparar entre os que fizemos e dizer ao menos o que mais gostei até agora. Gostamos tanto desse percurso e de tudo o que aconteceu nesse rafting que já fizemos duas vezes.

A nossa primeira vez no Rafting foi no rio Tibagi (Paraná) em um trajeto que fica próximo de Castro e que saia da pousada do Canyon Guartelá. O segundo trajeto foi em Brotas (que também foi muito legal). E o terceiro trajeto também foi no rio Tibagi, já na cidade de Tibagi, no trajeto que passa bem pertinho do centro da cidade.

O grande diferencial, a meu ver, do Rafting em Jaguariaíva é justamente o percurso por onde passamos que nos proporciona um cenário incrível! Além disso, achei que nesse trajeto teve mais adrenalina do que nos outros. Mas, isso é muito relativo, pois o fato de atividade ficar mais intensa depende muito do nível de água do rio.

A verdade é que nós nunca fizemos um rafting com um nível de água tão alto. No caso desse que fizemos em Jaguariaíva, o rio estava bem baixo, mas mesmo assim foi recheado de adrenalina. E claro que cada lugar é cada lugar, cada dia um dia novo e cada aventura tem a sua emoção.

PREPARAÇÃO PARA A EXPEDIÇÃO RAFTING ENCANADÃO

A empresa que opera a atividade nos buscou no hotel por volta de 9h00. Eles nos recomendaram tomar um café da manhã leve, pois logo já estaríamos fazendo esforço físico e o ideal é não abusar e não correr o risco de ter uma indigestão.

Ao chegar ao ponto inicial, os monitores prepararam o bote e os demais equipamentos que foram utilizados. Logo após, o instrutor explicou teoricamente os comandos que ele iria usar durante a atividade e que nós participantes devíamos obedecer. Depois, tivemos um momento de prática desses mesmos comandos, ainda em terra seca.

Nesse momento é muito importante ficar atento pois todos os comandos são essenciais para que o passeio seja feito com segurança. A gente se diverte muito vendo o quanto demoramos para reagir aos comandos do “mestre”.

Tudo foi feito com muita tranquilidade. E mesmo depois de treinarmos em terra, os primeiros kms percorridos ainda serviram como treino. Quando chegou o momento necessário, onde houve as corredeiras mais fortes e também os desníveis de pedras (pequenas quedas d’água) a gente já estava bem preparado.

Mesmo já tendo feito rafting em outras oportunidades, presto muita atenção e não dispenso nunca o momento das instruções teóricas e práticas. Isso é ainda mais importante para aqueles participantes que nunca praticaram a atividade.

Gosto de cada parte da prática do Rafting. Para mim é um exercício de superação! E superação em muitos aspectos. Afinal, você precisa reagir e coordenar os movimentos de acordo com o comando do “mestre”. As vezes a gente se embanana e faz tudo errado! Mas, isso também faz parte da aventura e da diversão.

COMO É O TRAJETO DO RAFTING NO RIO JAGUARIAÍVA

A atividade é realizada em um percurso de 11 km no rio Jaguariaíva em um trecho que tem desde águas bem calmas a correntezas um pouco mais fortes e com desníveis. No início do trajeto passamos por águas calmas e também por correntezas bem fraquinhas, onde é possível treinar tudo o que é orientado em terra. Esse é um período de adaptação antes das corredeiras mais fortes.

Depois desse período de adaptação, passamos por mais 17 corredeiras que dependendo do nível de água do rio, vão do nível II ao V de dificuldade. Nos dois dias que fizemos a atividade, o nível de dificuldade das corredeiras não passou de IV.

Antes, eu achava que essa classificação de níveis se dava por conta da altura da queda d’água por onde o bote desce. Mas, na verdade não é só isso que influencia a classificação. Eles levam em consideração também a quantidade de manobras que o instrutor precisa realizar para conseguir passar pelas corredeiras. Assim, quanto menor o número de manobras menor o nível de dificuldade. A lógica é a mesma para os níveis mais altos.

Como já disse, o diferencial desse trajeto é a bela paisagem em que passamos. O percurso é feito em um trecho do rio onde aproximadamente 7,5 km é dentro de um cânion. Esse é o oitavo maior cânion do mundo em extensão com aproximadamente 29 km de paredões formados em grande parte por arenitos. Em alguns trechos os paredões chegam a 100 metros de altura. É um visual fascinante!

A única coisa que não gostei e fiquei muito sensibilizada é que em alguns trechos por onde passamos, fora do cânion, vimos muitas sacolas plásticas enroscados nas árvores. Isso ocorreu por conta de uma chuva há um tempo atrás, que formou uma grande enchente no rio e todo o lixo acumulado em outras localidades desceram com o rio e enroscaram nas árvores 🙁 . 

Durante o trajeto tem algumas surpresas, como uma cachoeira onde podemos tomar um belo banho e uma mina de água onde podemos abastecer nossas garrafinhas. Tem também parada para o lanche num lugar incrível e que se o aventureiro quiser pode pular em determinado ponto do rio que tem profundidade de aproximadamente 12 metros.

Nós acabamos não pulando em nenhuma das vezes. Na primeira vez, porque estava muito frio e queríamos nos molhar o menos possível. Na segunda, porque estávamos com tanta fome que só queríamos comer. E pular depois de comer não seria uma boa ideia.

DURAÇÃO DO RAFTING

A duração do trajeto também depende do nível de água do rio. Quanto maior o nível de água mais rápido o passeio terminará. Na primeira vez que fomos, ficamos em torno de 5 horas na água. Tínhamos quatro pessoas remando, o nível de água estava baixo e o bote estava leve. Enroscamos nas pedras umas duas vezes apenas.

Na segunda vez que fomos, estávamos em sete pessoas remando, o nível de água estava baixo também e o bote estava mais pesado. Enroscamos várias vezes nas pedras. Levamos em torno de 7 horas para terminar o trajeto. Foi um trabalho em equipe! Mas, o instrutor (Amauri) e o segurança (Carlos) tiveram um trabalhão para conseguirem nos desenroscar. 

No final do trajeto eu estava completamente satisfeita e admirada com a aventura, mas acabada fisicamente…ahahá. Neste período que fomos para Jaguariaíva, eu não estava com um bom condicionamento físico. Pois, estou há aproximadamente seis meses sem realizar exercício físico de maneira regular.

Não sou a pessoa mais inativa do mundo, porque afinal de contas meu trabalho exige um pouco de esforço físico. Para quem não sabe dou aula de natação para crianças. Fico dentro da piscina no mínimo 4 horas por dia. Isso me ajuda muito a manter o nível mínimo de condicionamento físico. Se trabalhasse sentada todos os dias e não realizasse algum exercício, certamente não aguentaria fazer o rafting. Mas, veja, estava no meu limite físico.

Estou relando isso, pra deixar bem claro que esse rafting gera um esforço físico muito grande. E que você deve ir preparado para isso (ou não ir). É tudo muito legal! Muito divertido! Mas, cansativo! Não sei se com o nível de água mais alto, fica mais ou menos cansativo. Eu ainda quero fazer nessas condições e aí depois consigo te contar…hehe. Se você já tiver feito, conta nos comentários pra gente sua experiência. 

Eu não deixaria de ir para aventura por conta do cansaço físico. Iria de novo e de novo e de novo…hehe. Se você é daqueles que acha que vale a pena se esforçar fisicamente para viver grandes aventuras e experiências, com certeza está apto a fazer esse rafting. Para mim, valeu cada minuto!

PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO RAFTING

No final do trajeto quando as águas do rio estavam bem tranquilas, o instrutor autorizou que o Léo remasse um pouquinho. Ele ficou todo feliz!

Na verdade a idade mínima para participação do rafting na verdade é 12 anos. A partir dessa idade já é possível participar ativamente, ou seja, remando.

O Léo só recebeu a autorização por parte da empresa para participar por conta de alguns aspectos:

  1. Na nossa primeira ida, os únicos participantes do rafting naquele dia seríamos eu e o Marcio (meu marido).
  2. O nível do rio estava baixo, o que faz a aventura ser um pouco menos radical, já que o bote navega com menos velocidade.
  3. Por conta da presença de uma criança na atividade, o instrutor procurava direcionar o bote para corredeiras mais brandas durante o trajeto.

Nós não havíamos pensado na possibilidade de o Léo ir junto. Mas, o Carlos proprietário da empresa, sugeriu que seria possível ele ir por conta desses aspectos elencados acima e nós topamos na hora.

Não posso negar que fiquei um pouco insegura. Mas, decidi confiar no trabalho do Carlos que já vinha me passando bastante segurança em nossas conversas pelo WhatSapp. E olha, valeu super a pena!

Tanto o Carlos como o Amauri foram super cuidadosos e fizeram o Léo se sentir seguro e especial durante a atividade. Tiveram paciência e incluíram ele em tudo. Além de o Carlos ter levado um chá quente especialmente pro meu garoto. Foi demais!

E olha que o tempo de duração do trajeto foi longo! Nas dua vezes! E é claro que o Léo se sentiu cansado também em alguns momentos. Pra ele a parte que mais pegou foi a hora do lanche. De ter que esperar pra fazer o lanche. Em uma próxima ida, eu levaria um lanchinho extra para ele. Já que ele não tem que fazer esforço físico não teria problema comer um pouco a mais.

ADVENTUROUS FRIENDS

A empresa que opera esta atividade em Jaguariaiva é a Adventurous Friends. Achei a equipe extremamente competente, cuidadosa e confiável. Isso é  primordial ao realizar esse tipo de atividade radical. Afinal de contas, querendo ou não a gente está se expondo à um risco. Portanto, a equipe precisa ser capacitada para que a atividade seja feita com o máximo de segurança. 

O Carlos, proprietário da empresa, foi o nosso segurança no rafting e nos passou todas as informações necessárias antes de decidirmos praticar a atividade. Ele que liberou a ida do Léo na atividade e que fez a segurança dele o tempo todo.

A equipe é muito experiente e conhece cada pedacinho do rio. Sempre estão de olho nas mudanças que ocorrem naturalmente no rio e levam em consideração todas as normas de segurança que são impostas pela ABNT para a prática de rafting.

O valor pago na atividade inclui todos os equipamentos de segurança, uma garrafa de água, um lanche leve, seguro da atividade, fotos e o transporte para o local de início e retorno para a cidade.

Além do rafting, eles oferecem também outras opções de aventuras. O Carlos tem formação em guia de turismo e é quem prepara todas as atividades da empresa. Conhece super bem a região em que atua e está sempre explorando outros lugares para oferecer novas aventuras.

Nós gostamos muito de termos conhecido a empresa e mais do que isso, as pessoas que estão por trás dela. Com certeza sempre teremos ótimas recordações da experiência que o Carlos e o Amauri nos proporcionaram.

Além do Rafting, fizemos também uma atividade que se chama Aquatrekking, mas isso é assunto pra outro post, onde contarei todos os detalhes para você.

Já estamos sonhando com as próximas aventuras que queremos fazer com eles!

 o preço do Rafting por pessoa é de R$ 195,00.

 (43) 99842 – 6271 falar com Carlos.

LEMBRETES IMPORTANTES

  • Use roupas e calçados leves próprios para práticas de atividades física. No inverno um macacão neoprene vai bem. Mas, se não tiver (nós não tínhamos, só o Léo na segunda vez que fomos), dá pra fazer com outra roupa tranquilamente. Só não use calça Jeans, ok?
  • Lembre-se do protetor solar e do repelente.

ONDE SE HOSPEDAR EM JAGUARIAÍVA

Hotel San Juan

Durante essa viagem nós ficamos no Hotel San Juan. Você pode saber detalhes sobre essa hospedagem assistindo este vídeo:

Você pode fazer sua reserva pelo  Booking, nosso parceiro aqui no blog. Ao fazer sua reserva por este link, você não paga nada a mais por isso, mas com certeza ajuda a gente a continuar produzindo conteúdos.

Chakras Pousada e Camping.

Outra opção de hospedagem na cidade é o Chakras. Nós já ficamos no camping e gostamos muito. Pra quem quer ficar em uma hospedagem que proporcione maior contato com a natureza essa com certeza é uma ótima opção.

Espero que tenha gostado de saber sobre mais uma aventura maravilhosa pra fazer pelo Paraná. Siga-nos nas redes sociais pra ficar por dentro de tudo o que andamos Turistando pelo Paraná.

Até a  próxima! 🙂

Keila Kubo

5 comentários em “O melhor Rafting que já fizemos na vida: muita adrenalina dentro do oitavo cânion maior do mundo.

  1. Oi, eu viajo sempre com meu cachorro, vc sabe me dizer quais passeios/trlhas em Jaguariaíva eu posso fazer com ele? Não tenho interessa nas atividades aquãticas (ele odeia), mas nas caminhadas, trilhas e parques. Vc pode me indicar? A região parece ser linda, mas tenho medo de viajar 450km à toa, se ele não puder ir em lugar nenhum… Grata! Parabéns pelo excelente trabalho!

  2. Olá amigas e amigos do Turistando Pelo Paraná!

    Sempre há esse tipo de pergunta e dúvida quanto a levar animais domésticos de estimação para atividades de trilha, montanha, florestas, praia, cachoeiras e outros, mas é totalmente não recomendável levar animais domésticos para o meio natural, pois os mesmo causam o chamado “efeito de borda” que é o êxodo de fauna selvagem do local comum de vivência, pois deixam cheiro onde passam.

    Como prezamos pela preservação da saúde do meio ambiente para aí sim uma consequente elaboração de experiências turísticas, não temos trilhas que possam levar animais. Ainda assim temos um projeto em andamento para um futuro próximo de ter um percurso de rafting que poderá levar até 2 cachorros por bote, com os animais não fazendo desembarque ou contato com a água antes do término do percurso.

    Sei que dá vontade de levar os bichinhos para a natureza, eu mesmo tenho 2 cachorros e 1 gato, mas um gosto não pode se sobrepor ao bem estar e equilíbrio de muitas outras vidas, seja de micro fauna ou de animais maiores, pois os impactos vão além.

    Grato pela consulta. Abraços!

    1. Carlos, obrigada por contribuir e ajudar a responder a pergunta da Estela. Com certeza ajudará muitos outros a sanar essa dúvida.

  3. Existem formas e formas de se levar um animal doméstico em trilhas. Discordo da opinião da pessoa que me respondeu. A nossa própria presença no ambiente natural pode ser bem mais prejudicial do que a presença de um humano consciente com seu animal doméstico devidamente levado na guia por uma trilha. E a citação do “efeito de borda” nesse caso me parece errada. O que eu conheço pelo nome de “efeito de borda” não se refere a isso. De qq forma, agradeço a informação sobre a proibição de animais domésticos nessas trilhas. 🙂

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